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26º Seminário ANCP: Roberto Giolo vai falar sobre “Incrementos na produtividade pecuária de corte com o uso de protocolos de Baixo Carbono”


O 26º Seminário de Nacional de Criadores e Pesquisadores da ANCP tem como foco principal a discussão de temas sobre sustentabilidade e qualidade da carne. Por isso, um dos palestrantes é o pesquisador da Embrapa Gado de Corte, Roberto Giolo de Almeida, que vai falar sobre “Incrementos na produtividade pecuária de corte com o uso de protocolos de Baixo Carbono”.

De acordo com o pesquisador, a pecuária de corte brasileira vem sofrendo forte pressão internacional sobre a pegada de carbono de sua carne, de forma recorrente, desde meados da década de 2000. Esta situação tem sido relacionada ao desmatamento e ao uso extensivo dos sistemas pecuários, com baixa produtividade, degradação das pastagens e altas emissões de gases de efeito estufa (GEE), contribuindo para as mudanças climáticas.

Como resposta do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), em 2010 foi lançado o Plano ABC, uma iniciativa com metas expressivas para mitigação de GEE por meio de tecnologias agropecuárias mais eficientes, produtivas e com menor impacto ambiental. Dentre as tecnologias elencadas ligadas à pecuária, destacam-se a recuperação de pastagens e os sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta.

O uso destas tecnologias, associadas às boas práticas agropecuárias, tem sido chamado de intensificação sustentável e os sistemas de integração foram adotados em áreas que superaram as metas iniciais, chegando a mais de 17 milhões de hectares em 2021. “O sucesso na adoção destes sistemas pelo produtor está relacionado ao potencial de diversificação de produtos e de renda, de produtividade, de valorização do produto e da propriedade, com retorno econômico mais favorável em relação a sistemas especializados, além das perspectivas de ganhos com serviços ambientais no futuro”, destaca o pesquisador.

Segundo ele, dentre os sistemas de integração, os sistemas de integração lavoura-pecuária ou ILP, são os mais adotados pela maior facilidade de manejo e pelo maior potencial em ganhos em produtividade, enquanto que os sistemas de integração com o componente florestal, como integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e integração pecuária-floresta (silvipastoril ou IPF) com maior complexidade, são escolhidos pela maior diversificação além de maior potencial para promoção de serviços ambientais e bem estar animal.

Roberto Giolo ainda explica que a Embrapa vem desenvolvendo iniciativas para valorização de produtos pecuários provenientes de sistemas mais eficientes, e que, em 2015 lançou a marca-conceito Carne Carbono Neutro (CCN), baseada em um protocolo para uso em sistemas pecuários com a presença do componente florestal, como ILPF ou silvipastoril, onde a emissão de GEE dos animais em pastejo é compensada ou neutralizada pelas árvores de rápido crescimento dispostas em arranjos adequados pela pastagem. “Este protocolo entrou no mercado brasileiro em 2020 e está disponível para o produtor na plataforma digital Agri Trace Animal da CNA”, ressalta.

Em 2020, segundo o pesquisador, também foi lançada a marca-conceito Carne Baixo Carbono (CBC), baseada em um protocolo para uso em sistemas pecuários sem árvores, como sistemas de ILP e de pastagens bem manejadas, onde a partir das boas práticas agropecuárias é possível aumentar o acúmulo de carbono no solo para mitigação ou redução das emissões de GEE; este protocolo deve estar disponível no mercado nacional em 2022.

Roberto Giolo de Almeida vai abordar todos estes pontos em profundidade durante o seminário da ANCP, que acontece no dia 22 de julho, em Ribeirão Preto (SP).

Para participar, clique aqui e faça a sua inscrição gratuita.

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