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Nelore Jandaia: foco no aprimoramento de uma genética consistente


Neste ano, o Nelore do Jandaia está comemorando 50 anos dedicados ao aprimoramento e consistência genética da raça Nelore no País. Sob o comando do criador William Koury, o Nelore Jandaia contribuiu efetivamente para a história do melhoramento genético. O titular da marca, ao longo desses anos, lançou no mercado desafios inovadores, que além de potencializar o valor da qualidade genética bovina, apresentou ideias que permanecem no setor até os dias atuais.

O plantel do Nelore Jandaia está estimado, atualmente, em mais de quatro mil cabeças concentradas na Fazenda Kuluene, situada na cidade de Gaúcha do Norte, em Mato Grosso, em uma área total somada em aproximadamente cinco mil hectares. O trabalho de seleção que realiza está direcionado a uma genética que prima pela consistência – qualidade que é adquirida por meio da atuação de técnicos que se empenham, de maneira organizada e sistemática, no levantamento de dados do rebanho para enviá-los com exatidão ao programa de melhoramento genético.

Além de zelar por sua base de dados, o Nelore Jandaia, em prol da evolução do seu rebanho, promove o acasalamento dirigido com reprodutores avaliados e selecionados de acordo com os objetivos da fazenda, que se permeia na busca por um animal direcionado a características econômicas focadas na produtividade do rebanho.

O trabalho de seleção do Nelore Jandaia é pioneiro em utilizar o método EPMURAS. A avaliação de caráter visual permite identificar e selecionar animais para as seguintes características: E (Estrutura Corporal) voltada ao tamanho do animal; P (Biotipo Precoce) que visa maior adaptabilidade a pasto; M (Musculosidade) que avalia o desenvolvimento muscular do animal; U (Umbigo) que verificase touros possuem o umbigo corrigido e bainha bem direcionada; e as letras R (Características Raciais), A (Aprumos) e S (Sexualidade), direcionadas à funcionalidade e ao padrão racial.

A seleção e avaliação dos animais ultrapassa os aspectos visuais, também mensura o perímetro escrotal, descarta matrizes por habilidade materna e por temperamento. Além disso, a marca atua na defesa de uma das principais bandeiras do seu processo de seleção: a precocidade a pasto.

A produção do Nelore Jandaia é consolidada num modelo sustentável que busca unir a preservação da natureza e a pecuária. A propriedade situa-se às margens do rio Kuluene – nome que também denomina a fazenda – dentro de um cenário composto por reservas naturais e pastagens, basicamente de braquiária.

Por meio do seu titular, o Nelore Jandaia concretizou sua marca na história da pecuária por apresentar inovações ao setor. Exemplos foram: no cargo de presidente da APCN (Associação Paulista dos Criadores de Nelore), Koury organizou o 1º Simpósio de Carcaças da Raça Nelore; em 1970, ao utilizar a inseminação artificial em seu rebanho, tornou-se pioneiro na área de reprodução; também foiprecursorda Prova de Ganho de Peso, e comovice-presidenteda ABCZ (Associação Nacional dos Criadores de Zebu) popularizou a competição por todo o Brasil; concebeu a ideia do PGP a pasto; e incentivou o sistema EPMURAS, adotado pela ABCZ.

O Nelore Jandaia está sempre aberto para novos desafios em prol da constante evolução da genética bovina. Em 2009, a fazenda em parceria com a ANCP (Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores) tornou-se um centro de referência e pesquisa na área de precocidade a pasto.

De acordo com a revista em comemoração aos 50 anos do Nelore Jandaia, desde a entrada da fazenda no programa da ANCP, a determinação de William Koury em aplicar no campo os dados fornecidos pelos pesquisadores, e a correta utilização das avaliações genéticas em conjunto com as avaliações fenotípicas tem levado a uma melhora constante nas tendências genéticas do rebanho, nos momentos cruciais de tomada de decisão na seleção – descartes e direcionamento dos acasalamentos.

A publicação também apresenta gráficos quanto aos resultados obtidos em algumas características dentro do programa da ANCP. “Mesmo mantendo o peso adulto das vacas (DPAV) abaixo da média das fazendas do programa, o que sinaliza um custo menor de manutenção das matrizes em reprodução, e ainda aumentando sua longevidade produtiva (DSTAY) e potencializando sua capacidade de produção em Kg de bezerro desmamado (DPAC), o rebanho vem evoluindo também nas características de ganho em peso, que compõem 40% do MGT. As tendências genéticas para estrutura (DES), musculosidade (DMS) e precocidade (DPS) garantem os resultados obtidos pela realização constante das avalições visuais e do direcionamento certeiro dos acasalamentos: a seleção para um biotipo funcional, adequando morfologicamente às condições do sistema de produção a pasto”.

Fonte: Pontual Comunicação

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