Zootecnista e diretor de Produção do CV Nelore Mocho, Juliano Roberto da Silva, com milho e brachiara pós soja

Investir em projetos que intensifiquem a qualidade da sua produção. Assim, Carlos Viacava, detentor do CV Nelore Mocho, conduz o seu trabalho.  O criador identifica iniciativas inovadoras e persevera para colocá-las em prática. Entre as apostas mais recentes está a Integração Lavoura Pecuária e Floresta (ILPF), uma das mais importantes estratégias de produção agropecuária sustentável.

Há cerca de dois anos, Viacava implantou a ILPF em três fazendas próximas. Duas delas ficam em Caiuá/SP e a outra em Presidente Epitácio/SP. Nesse período, a marca já conseguiu revigorar as terras; expandir o rebanho, produzindo mais tourinhos e novilhas para comercialização; e diversificou o faturamento, contando com as vendas de soja, milho e de outros produtos.

A Integração Lavoura Pecuária e Floresta começou sob orientação da Embrapa Cerrados, com quem a marca mantém uma parceria na área do melhoramento genético, dirigida pelo Doutor Cláudio Ulhôa Magnabosco, que apresentou o pesquisador Doutor João Kluthcouski (mais conhecido como João K) a Viacava. Através de João K, a fazenda se envolveu com a UNOESTE e Cocamar (grande cooperativa paranaense).

Os primeiros passos foram dados em 2013, com uma pequena safra colhida em 2014. No início, o criador enfrentou desafios, porém, neste ano, venceu todos, conquistando resultados promissores em solos arenosos e com clima tropical. “A cultura de Ruz./Milheto foi o talhão que obteve um grande destaque na sua produção, com uma produção de 73,6 scs/há”, destaca Viacava.

O pecuarista aponta outros benefícios da tecnologia, como a vasta quantidade de alimento, que pode ser obtida em pastagens de inverno e na produção de silagem, inclusive com a silagem de grão úmido.

Gado em pasto de inverno pós soja

A ILPF também trouxe várias vantagens para a pecuária do CV Nelore Mocho, a principal frente de trabalho da grife. A desmama das safras 2013 e 2014 é um exemplo. Durante os dois anos, a Fazenda Campina, situada em Caiuá, teve um desempenho muito superior a média dos anteriores: 22 quilos a mais nos machos e 14,5 nas fêmeas. “Neste ano, também iremos testar em larga escala a inseminação de todas as bezerras de 10 a 14 meses de idade, pesando em torno de 300 quilos, num total de 600 fêmeas. Elas necessitam de uma boa nutrição para alcançar esse peso e mais ainda, no ano seguinte, para garantir uma boa condição corporal para a reconcepção”, conta o criador.

Além disso, com o avanço do programa de Integração Lavoura Pecuária e diante dos resultados alcançados na Fazenda São José, em Paulínia/SP, o CV Nelore Mocho decidiu submeter à estação de monta 600 bezerras da Fazenda Campina. A iniciativa será discutida no dia de campo da grife, que acontece hoje (26/08), às 18h, na Unoeste, Campus II, em Presidente Prudente/SP e amanhã (27/08), às 8h, na Fazenda Campina, Caiuá.

Leilão

A fazenda realiza no dia 30 de agosto, às 14h, em Presidente Venceslau/SP, o 57º Leilão Nelore Mocho CV. Serão ofertados 180 touros Nelore Mocho CV, PO criados a pasto, rústicos, férteis e precoces.

CV Nelore Mocho

A atividade principal é a criação de reprodutores Nelore Mocho CV, produzindo touros para utilização em fazendas dedicadas à pecuária de corte. Entre esses animais, alguns são escolhidos para repasse em plantéis de gado PO e outros chegam a ser doadores de sêmen nas principais centrais de inseminação do País.

A marca produz ainda matrizes para o revigoramento do rebanho, algumas das quais são igualmente oferecidas ao mercado para compor criatórios de Nelore Mocho.

Hoje, o CV Nelore Mocho conta com um plantel de 6 mil cabeças de Nelore Mocho, incluindo, entre elas, uma bateria de 3,5 mil matrizes, muitas compondo o time de doadoras de embriões da fazenda.

Fonte: Pontual Comunicação

Ricardo Viacava, João K, Carlos Viacava e André Longen da Cocamar

Ricardo Viacava e Rodrigo Mendes, pecuarista em visita na Fazenda Campina