A ANCP (Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores) e a AGCZ (Associação Goiana dos Criadores de Zebu) realizaram durante a 50ª edição da Exposição Agropecuária de Goiânia e a 8ª edição da Exposição Internacional do Nelore o Fórum Genética para Goiás, uma oportunidade de troca de informações sobre o setor. Contribuindo para o intercâmbio e disseminação de informações sobre a área, o evento promoveu discussões sobre os programas de melhoramento e suas tecnologias, a aplicação e resultados do beneficiamento animal e a importância da seleção através de melhoramento genético.

 “Realizar debates deste tipo proporciona maior visibilidade para o melhoramento genético bovino e destaca a importância do beneficiamento animal, uma vez que o melhoramento genético é um dos pilares básicos da evolução da qualidade do rebanho brasileiro e já é parte essencial da cadeia produtiva”, destaca o presidente da ANCP, Raysildo Barbosa Lôbo.

Realizado no dia 22 de outubro, no Parque Pedro Ludovico Teixeira, em Goiânia (GO), o fórum contou com profissionais da área, criadores e estudantes. “Oportunidades como esta ajudam desmitificar o melhoramento genético e mostrar ao pecuarista que todos podem usar e se beneficiar dessa ferramenta na seleção do rebanho”, destaca a gerente técnica da ANCP, Juliana Leite.

Tratando sobre a “Seleção através do Melhoramento Genético: Aplicação e Resultados”, o doutor Fernando Brito Lopes, pesquisador da Embrapa Cerrados, abordou de maneira simples, mas muito informativa, os passos da seleção eficaz e mostrou a aplicabilidade e consequências da utilização de métodos de melhoramento. E como forma de exemplificar os resultados alcançados com esta prática, o vice-presidente da ANCP, Carlos Viacava, mostrou casos concretos deste tipo de conquista em sua propriedade, o Nelore Mocho CV.

Juliana Leite abordou as tecnologias da ANCP como exemplo de método na busca pelo melhoramento genético, contribuindo para o esclarecimento de dúvidas dos participantes. A ANCP é fonte de informação e referência para o setor: a associação trabalha com cinco programas de melhoramento genético, o Programa Nelore Brasil, o Guzerá Brasil, o PMGRB (Programa de Melhoramento Genético da Raça Brahman), o PMGRT (Programa de Melhoramento Genético da Raça Tabapuã) e Programa POI de Seleção e Avaliação Genética.

Os palestrantes destacaram o potencial e a valorização dos touros de melhor avaliação, frisando sobre o impacto desta prática no plantel. “O mercado tem buscado por touros melhoradores e está disposto a pagar mais por essa alternativa; mas só é possível se favorecer disso com um trabalho de melhoramento bem feito na fazenda”, ressalta Juliana Leite. “Quando você utiliza a ferramenta do melhoramento pode oferecer animais que dão mais resultados para seu cliente e este, obviamente, vai buscar sua genética novamente e valorizá-la adequadamente”, frisa.

Segundo os palestrantes, a valorização de animais melhoradores pode ser percebida claramente até mesmo na comercialização de sêmen. Atualmente, mais de 90% dos sêmens comercializados são de animais com boas avaliações genéticas ou provenientes de provas de desempenho.

Fonte: Pontual Comunicação